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domingo, dezembro 19, 2010

Natal e a instituição Ilê Axé Odara

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Comemorando o NATAL e celebrando DUAS VIDAS!



Temos grandes motivos pra celebrar a vida e os benefícios que através dela nos são possiveis desfrutar, nós do Ilê Axé Odara há 30 anos comemoramos um natal harmonioso com familiares, amigos e filhos de santo. Não comemoramos apenas o natal, mas celebramos a vida de modo emocionante, pois nossos anfitriões completam 37 anos de casamento, este que sem dúvida é um exemplo para todos que os rodeiam. Para nós que somos amigos, família e filhos de santo é um honra pois são relacionamentos como este que nos dão a certeza de que ainda há por que acreditar em amor, harmonia, família e outros sentimento bons que nos dias de hoje quase tão raros.
Atualmente a tecnologia, a modernidade e os jovens têm manifestado um sentimento estranho quando nos referimos ao matrimônio como método sagrado de se firmar um relacionamento bem estruturado, claro que relacionamentos bem estruturados não são as aparências mas sim uma convivência de bons frutos como filhos muito bem educados e a experiência já sentida e vividas por ambos os conjuges. "BODAS DE AVENTURINA". São quase 4 décadas divindo e somando um na vida do outro. Comemoramos um natal cheio de luz, por que temos com certeza duas pessoas muito iluminadas por JESUS, mãe Guilé e Pai Gildo. À vocês feliz aniversário e que esse JESUS celebrado neste dia possa abençoar e iluminar a vida de vocês mais e mais!

Votos dos filhos, amigos e seus filhos de santo:

Autor(a): Rosana Santana

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Etnobotânica de terreiros de candomblé nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia, Brasil.

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RESUMO: (Etnobotânica de terreiros de candomblé nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia, Brasil). As plantas, no universo das religiões de influência africana, apresentam grande valor por serem utilizadas para propósitos ritualísticos e de rotina pelas comunidades dos terreiros. O presente estudo objetivou identificar as diversas espécies utilizadas em rituais de Candomblé, com fins medicinais, indicadas por pais e mães-de-santo em terreiros nos municípios de Ilhéus e Itabuna, BA, fornecendo informações acerca da procedência das espécies (cultivo, feiras livres e extrativismo em Mata Atlântica e/ou áreas ruderais).
Entrevistas semi-estruturadas com 15 pais e mães-de-santo e coleta e identificação de material botânico foram realizadas em dez terreiros de Candomblé. Foram levantadas e identificadas 78 espécies pertencentes a 43 famílias, sendo Asteraceae (nove espécies), Lamiaceae (sete espécies), Fabaceae e Myrtaceae (quatro espécies cada) as de maior representatividade. A maioria dessas espécies é utilizada para fins medicinais (53,21%), seguidas daquelas utilizadas para fins litúrgicos (30,27%) e ornamentais (16,51%). Observou-se que o cultivo (39,89%) sobressaiu-se sobre a obtenção em feiras livres (25,53%) e/ou extrativismo (34,57%). Constatou-se que os conhecimentos místicos, culturais e etnobotânicos dos participantes mais efetivos e tradicionais do Candomblé são muito valiosos. Estudos de etnobotânica nesta área demonstram grande importância para que estas informações que remontam séculos e fazem parte da história e cultura de nosso povo não sejam perdidas.

Palavras-chave: rituais afro-brasileiros, plantas medicinais, extrativismo



A Etnobotânica obteve, nos últimos anos, grande destaque devido, principalmente, ao crescente interesse pelos produtos naturais (Parente & Rosa 2001), bem como à descoberta de novos usos das plantas (Clément 1998). Porém, a evidente descaracterização das comunidades tradicionais, acompanhada da destruição de hábitats e da inserção de novos elementos culturais, põe em risco um grande acervo de conhecimentos empíricos e um patrimônio genético de valor inestimável para as futuras gerações.

Muitas plantas cultivadas têm um emprego sacro no Candomblé, pois este culto compreende, entre outras formas de oblação, a dedicação de oferendas alimentares produzidas à base de plantas domesticadas (Trindade et al. 2000). Porém, de acordo com os mesmos autores, existe um outro sistema fundamental, indispensável ao funcionamento do culto: a liturgia das folhas, que envolve o emprego de plantas colhidas em área não cultivada.

Segundo Voeks (1997), a flora do Candomblé é produto da modificação humana na paisagem sendo caracterizada, predominantemente, por espécies que não são nativas do Brasil. Com o crescimento demográfico acelerado das grandes e médias cidades e a diminuição de áreas de floresta, os terreiros ou cultivam suas plantas em seus quintais, cada vez mais reduzidos, ou buscam estas em outros locais como “casas de folhas”, feiras livres e áreas ruderais.
O acervo de espécies utilizadas em rituais afro-brasileiros sofreu forte influência ameríndia e européia, especialmente a portuguesa. Camargo (1988) afirma que à medida em que os africanos foram se fixando em novas regiões do país, desprovidos dos recursos naturais de que dispunham em suas regiões de origem, encontraram, além daquelas plantas já conhecidas, uma série de outras espécies que se incorporam aos seus próprios costumes africanos.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

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segunda-feira, novembro 22, 2010

Dia Nacional da Consciência Negra No Ilê Axé Odara

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No ultimo sábado, dia 20 de Novembro, celebramos em nosso Ilê o dia Nacional da Consciência Negra.
A 10º Conferência da Consciência Negra foi um evento comemorativo, no qual contamos com a presença de muitas personalidades de nossa comunidade e do cenário político da nossa sociedade.
Temas importantes foram abordados em palestras: Racismo e Desigualdade Social com o professor de história Marcio Santana; Zumbi dos Palmares com Rita Sena e sobre o dia Nacional das Baianas de Acarajé com Vaneusa Ferreira.
Com a organização administrativa da Diretora de Cultura Rosana Santana, do Secretário Igor de Jesus e da presidente do Conselho Fiscal Sirlene Celestino a conferência foi abrilhantada com a apresentação de vídeos, de teatro de fantoches, samba de roda, capoeira, maculelê, do grupo de dança Odara e das tradicionais baianas de acarajé e do Ilê Axé Odara.
Não esquecendo de salientar a participação conjunta de alguns membros que muito se dedicaram para a realização das apresentações.
Não faltou o AGEUM, com a degustação de
comidas típicas de nossa cultura como o acarajé e o abará.
O anfitrião da Conferência e presidente da Instituição Ilê Axé
Odara Gildo Soares, mais conhecido por Pai Gildo, que responde pela digina de

kualange recebeu a todos com muita alegria, relembrando a importância do papel do negro em nossa sociedade.


terça-feira, novembro 09, 2010

Brasil vai comemorar Dia da Baiana de Acarajé

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O que a baiana tem? Um dia para ela.
Lei publicada hoje torna 25 de novembro o Dia da Baiana do Acarajé

Os brasileiros passarão a comemorar também o Dia Nacional da Baiana de Acarajé. A celebração da data, definida para 25 de novembro, está formalizada em lei publicada no Diário Oficial da União.

As vendedoras de acarajé - iguaria que tem como base a combinação de feijão fradinho e azeite de dendê, com recheio principal de camarão - já têm sua atividade regularizada profissionalmente.

Consideradas patrimônio cultural imaterial do Brasil, as baianas foram homenageadas com a inauguração do Memorial da Baiana de Acarajé, em 2009, na capital baiana Salvador. O ofício das baianas é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura.

Entre as principais figuras típicas do país, elas são representadas como quesito obrigatório (ala das baianas) em um das maiores manifestações culturais do mundo, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Caracterizadas com ojás na cabeça (espécie de turbante também chamado de torço), colares de fios-de-conta e longos vestidos brancos e armados, muitas das baianas são filhas ou mães de santo no candomblé, religião afrobrasileira.


quarta-feira, outubro 20, 2010

ARRUMBOBÔ OXUMARÉ, Amada Dan

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Salve adorada de Daomé.
Salve as sete cores que te revelam no céu.
Salve a água, salve a terra,
Amada Dan.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Comidas dos Orixás

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A preocupação com o comer é uma constante na vida do ser humano, transformando-se, quase sempre, na sua ocupação principal. A sorte, a ajuda, os pedidos para uma boa colheita, boa caça, um bom trabalho, etc. fizeram também sempre parte das preocupações, e como forma de agradar aos Orixás a comida era “partilhada”, no sentido em que os Orixás também comiam do mesmo tipo de comidas, e desta integração surge a força, a base para os pedidos, para agradecimentos - as comidas dos Orixás - ONGE BILE – as chamadas comidas secas.
São estas as comidas que são hoje em dia dadas em oferenda aos Orixás, fazendo parte de maioria dos rituais nos quais se invoca a sua presença, a sua participação ou ajuda. Desde os simples Ebós e Oferendas até aos mais complexos rituais de Iniciação, a comida é sempre uma parte muito importante.

Os ingredientes que a compõem, a forma como é confeccionada, tudo tem o seu preceito próprio, e assim, uma determinada comida, que contém determinados elementos energéticos, é apropriada para este ou para aquele Orixá especificamente.

Entenda-se que o Orixá não come “fisicamente”, mas alimenta-se, isso sim, da energia e da vibração da comida que lhe é oferendada, porque esta integra determinados elementos que se coadunam com a sua própria energia, com o seu campo vibratório e características naturais.

Abaixo encontra alguns exemplos das comidas que são oferendadas e também a forma cuidada como são apresentadas nas entregas.
Comida de:


EXU: Pipocas, farofa de farinha de dendê, farinha com pinga, farinha com mel, bife no azeite de dendê, bofe, fígado, coração de boi, acaçá amarelo, carne assada, vinho e mel.


OGUM: Inhame, feijoada (em algumas nações), fígado, coração de boi, feijão fradinho, feijão preto, bagre com molho de camarão.


IANSA: Acarajé redondo frito no dendê, rodelas de inhame cozido refogado com dendê e cebola, amalá, feijão fradinho.

XANGO: Amalá, acarajé longos, rabada com camarão seco, cebola ralada, quiabos e azeite de dendê, caruru.

OBA: Acarajé, amalá, abara e ovos.

OXOSSI: Axoxo (milho de canjica vermelha cozida enfeitado com fatias de coco), frutas, espiga de milho cozido, pamonha

LOGUM EDE: Axoxo, omolucum, inhame

OSAIN: Feijão preto, farofa, mel e fumo

OBALUAIE / OMULU: Aberem, pipocas, feijão preto, feijão fradinho, bisteca de porco.

OXUMARE: Aberem, feijão com milho, feijão fradinho com ovos, inhame

OXUM: Omolucum, xinxim de galinha, Apeté, ovos cozidos, milho com coco.

YEMANJA: Ebô de milho branco com azeite doce ou mel, peixe cozido com pirão de farinha de mandioca, arroz cozido doce enfeitado com fatias de maça, manjar de maizena, canjica cozida branca e refogada com camarões e cebola com azeite de oliva

NANA: Acaçá, arroz, inhame, feijão fradinho, omolucum de feijão branco enfeitado com ovos cozidos cortados ao meio.

OXALA: Tudo branco, Ebô de milho branco sem sal,
(canjica branca), clara de ovos, Acaçá branco, rodelas de inhame cozido com mel.

Estaremos explanando melhor sobre vo assunto na página: Comidas dos Orixás.

terça-feira, outubro 12, 2010

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segunda-feira, outubro 11, 2010

Nossa Senhora Aparecida: A Rainha do Brasil

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Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, vários pescadores subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu.
Os pescadores fizeram seus preparativos, colocaram as canoas no Rio Paraíba e remaram em busca dos peixes, fazendo os primeiros lanços de rede no porto de José Correia Leite. Com bastante habilidade e perícia, lançavam e recolhiam a rede em diversos lugares, mas os peixes não apareciam. As horas corriam ligeiras, o relógio já marcava 23 horas, sem que as redes dos barcos espalhados em diferentes áreas, conseguissem trazer um peixe sequer. Desiludidos, quase todos os pescadores abandonaram a pescaria aproximadamente a meia-noite, certos de que aquele dia não era próprio para a pescaria, como diziam: " os peixes tinham sumido do rio". Só permaneceu um barco, com Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.

Tinham sérios compromissos à serem atendidos e também, não é todo dia que chega um visitante ilustre em Guaratinguetá para ensejar-lhes a oportunidade de comercializar muitos peixes. Era uma chance que precisava ser aproveitada. Por causa da visita do Governador da Capitania, tinham sido recomendados pelo pessoal da Câmara: "se levassem muitos peixes seriam bem remunerados".
João Alves após lançar a rede em busca dos peixes, depara ao recolhê-la, com o corpo de uma pequena imagem de barro, sem cabeça, embaraçada nas malhas da rede. Examinou-a com cuidado e mostrou-a aos outros dois, que como ele, ficaram admirados com o achado. Envolveu-a na sua camisa e colocou-a num canto do barco. Remando um pouco mais para alcançar outra área, decidiu lançar a rede em busca dos peixes. Seus companheiros silenciosamente observavam. Outra surpresa ... Uma pequena bola de barro, bem menor que as malhas da rede, vinha embaraçada nela. Cuidadosamente removeu o lodo com a mão e viu tratar-se da cabeça da imagem! Era uma Santa feita de barro escuro... Era a imagem de uma Senhora...

Os três estavam admirados!... Como foi possível as malhas da rede reter aquela pequenina cabeça de imagem? Mas ela estava ali, desafiando as leis da física e das probabilidades, uma linda imagem escura, com feições delicadas, 39 centímetros de comprimento e pesando um pouco mais de quatro quilos. Era a Senhora "Aparecida" que surgia num véu de espumas das águas barrentas do Rio Paraíba.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.


Aqui, para nós brasileiros, a pesca milagrosa foi o sinal sensível que confirmava a presença Divina entre nós. O encontro da pequena imagem, serviu para identificar e nos lembrar a quem devemos recorrer nas dificuldades, nas angústias e tristezas que acontecem na caminhada existencial e a quem devemos direcionar as nossas súplicas para alcançarmos com mais facilidade e rapidez, a misericórdia do SENHOR.

NOSSA SENHORA, MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE, se faz representar por aquela pequenina imagem de barro terracota, para percepção de todos e gravar indelevelmente no coração de seus filhos, sua presença amorosa, maternal e plena de carinho, no seio da nação brasileira, a fim de auxiliar e ajudar todos aqueles que necessitam de sua inefável e tão eficaz proteção.

A cor morena da imagem também tem um significado muito profundo, porque o CRIADOR ao escolher a cor negra para representar NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, quer simbolizar a fusão das diversas raças no território brasileiro, ensinando-nos que devemos viver harmoniosamente sem preconceitos. Assim, o culto a VIRGEM MARIA através da pequenina imagem escura, representa um sinal e garantia de libertação de "todos os escravos", dos cativos da opressão do trabalho que escraviza, dos prisioneiros do pecado e do vício, dos escravos da cor, dos escravos das bebidas e das drogas, num grito de repulsa contra o desamor, contra a falta de entendimento e contra as consciências embotadas pela discriminação e pelo racismo.

Sincretismo da Nossa Senhora Aparecida: Oxum
Devoção da Nossa Senhora Aparecida: Padroeira do Brasil.
Data Comemorativa: 12 de Outubro.

terça-feira, outubro 05, 2010

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segunda-feira, setembro 20, 2010

domingo, setembro 05, 2010

Caboclo Boiadeiro

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O boiadeiro é um caboclo que em vida foi um valente do Sertão e está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.

Veste-se como o sertanejo, com roupas e chapéu de couro, e cumpre um papel ritual muito semelhante aos caboclos índios que se cobrem de vistosos cocares. Igualmente são bons curadores.
Enquanto os "caboclos de penas" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. De voz grave, é difícil entender o que falam. Supõe-se que os boiadeiros trazem lições do tempo onde o respeito aos mais velhos, a natureza, a família e aos animais falavam mais alto. Representam a liberdade e a determinação do homem do campo.

Entre os nomes mais conhecidos incluem-se Boiadeiro Sete-Luas, Caboclo Jundiara, Caboclo Jubiara, Caboclo Sete Laços, Caboclo Laço de Ouro, Caboclo Lajedo Grande, Navizala, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Zé do Laço, Boiadeiro do Chapadão e Boiadeiro das Sete Campinas, Alfredo Mineiro e João Carreiro

Deixamos aqui, nossa homenagem especial ao nosso "PAI BOIADEIRO".Que abrilhanta nosso Ilê Axé, nos cobrindo e abençoando com sua força e Axé.

AXÉ MEU PAI...

MUITO AXÉ!

Caboclos de penas

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Os caboclos mais tradicionais são os "caboclos índios" ou "caboclos de penas".
O caboclo tradicional é valente, selvagem antes de tudo, destemido, intrépido, ameaçador, sério e muito competente nas artes das curas. O caboclo ordena e determina, o caboclo mexe-se, intriga, canta e dança como o guerreiro livre que um dia foi.
Produto do sincretismo da pajelança indígena com os ritos afro-brasileiros, os caboclos resultam da associação dos orixás, voduns e inquices com figuras ameríndias, ligadas às florestas e às matas.

Os caboclos e caboclas geralmente são representados como indígenas muito idealizados. Freqüentemente usam cocares vistosos, calças e saiotes e raramente se assemelham aos verdadeiros indígenas brasileiros.
Seus nomes ligam–se aos seus domínios e supostas origens étnicas, às vezes associado ao nome do orixá ao qual supostamente estão subordinados. Alguns deles têm nomes de personagens indígenas da história, do folclore e da literatura.


Cabocla Iracema Flecheira, imagem de cultoEntre os do sexo masculino mais conhecidos, contam-se: Araponga, Araribóia, Águia-Branca, Águia-da-Mata, Aimoré, Araribóia, Araúna, Arranca-Toco, Arruda, Beira-Mar, Boiadeiro, Caçador, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra-Coral , Coração da Mata, Corisco, Flecha-Dourada, Flecha-Ligeira, Flecheiro, do Fogo, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá, Inca, do Vento, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Juremeiro, Laçador, Laje Grande, Lírio Verde, Lua, Mata Virgem,Pajé, Pantera Negra, Pedra-Branca, Pele-Vermelha, Pena Azul, Pena-Branca, Pena-Dourada, Pena-Preta, Pena-Roxa, Pena-Verde, Pena-Vermelha, Peri, Quebra-Demanda, Rei-da-Mata, Rompe-Folha, Rompe-Mato, Roxo, Samambaia, Serra Negra, Sete-Cachoeiras, Sete-Cobras, Sete-Demandas, Sete-Encruzilhadas, Sete-Estrelas, Sete-Flechas, Sete-Folhas-Verdes, Sete-Montanhas, Sete-Pedreiras, Sol, Sultão da Mata, Tibiriçá, Tira-Teima, Treme-Terra, Tupã, Tupi, Tupi-Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara, Ubirajara Flecheiro, Ubiratã, Urubatão, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Xangô Agodô, Xangô Cao, Xangô da Mata, Xangô Pedra-Branca, Pedra-Preta, Sete-Cachoeiras, Sete-Montanhas e Sete-Pedreiras.

Do sexo feminino, são nomes mais conhecidos: Araci, Estrela-do-mar, Caboclinha da Mata, Caçadora, Diana da Mata, Guaraciara, Iansã, Iara, Indaiá, Iracema Flecheira, Jacira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupira, Jurema, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremeira, Juçara, Cabocla do Mar, Cabocla da Mata,

quarta-feira, setembro 01, 2010

Caboclos e orixás

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Caboclos e orixás são tratados nos candomblés como entidades de naturezas diferentes. Além das distinções de caráter meramente formal, há aspectos que os distinguem e que são importantes na relação que se estabelece entre cada um deles e seus devotos.

Todo filho-de-santo deve ser iniciado para um determinado orixá (ou inquice, ou vodum), que é considerado seu antepassado, seu pai ou mãe, sua fonte de vida. A iniciação implica recolhimento e ritos complexos que envolvem somas de dinheiro elevadas, nem sempre compatíveis com a extração social dos adeptos das religiões afro-brasileiras, em geral, pobres. O culto do caboclo não requer processo iniciático deste tipo, podendo ocorrer em algumas casas o batismo do caboclo, um ritual de confirmação bem mais simples que a “feitura”.

Enquanto os deuses africanos vêm aos terreiros para dançar e falam apenas com algumas pessoas com cargos sacerdotais, os caboclos dirigem-se diretamente a todos que os procuram nos toques ou nas festas. Conversar é sua característica marcante. Todo caboclo é falante. Pode ser simpático ou carrancudo, amigável ou arredio, irreverente ou reservado, mas é sempre falador. Para se conhecer a vontade dos orixás é preciso recorrer ao jogo de búzios, que somente a mãe ou pai-de-santo pode jogar. Parecem um tanto distantes, portanto. Já os caboclos dizem o que sentem sem nenhuma mediação. A relação com o cliente é direta, face a face.
A língua é outro fator importante nesta distinção, pois grande parte das pessoas que vão aos terreiros não compreende as línguas rituais derivadas do iorubá, fom ou quicongo e quimbundo em que se cantam as cantigas. Nem mesmo a maioria dos filhos-de-santo sabe o que está cantando, pois as línguas rituais hoje são intraduzíveis. Aos caboclos, pelo contrário, canta-se em português. Suas cantigas são simples e sugestivas, com expressões e termos conhecidos do catolicismo tradicional e do imaginário popular. Um culto assim é menos afro e mais brasileiro, ou seja, mais “nosso” para muita gente.

Em alguns terreiros, os caboclos são concebidos como “mensageiros” dos orixás. Segundo alguns pais-de-santo, eles são transmissores das vontades divinas, afinal “eles falam o que os orixás não podem falar”.

Vejamos uma lista com alguns caboclos e caboclas com os respectivos orixás, notando como os nomes dos caboclos tendem a fazer referência a atributos do orixá:

Ogum –
Caboclo do Sol, Pena Azul, Giramundo, Serra Azul, Serra Negra, Sete Laços, Trilheiro de Vizala, Sete Léguas, Rompe Mato, Laço de Prata;

Oxóssi – Mata Virgem, Pena Verde, Jurema, Arranca-Toco, Sete Flechas, Urubatam;

Ossaim – Junco Verde, Boiadeiro das Matas, Floresta, Guarani;

Omolu – Girassol, Tupinambá, Xapangueiro, Cambaí;

Nanã – Treme Terra, Cabocla Camaceti, Rei da Hungria;

Oxumarê – Cobra Coral, Cobra Dourada;

Xangô – Mata Sagrada, Boiadeiro Zamparrilha, Boiadeiro Trovador, Boiadeiro Corisco, Sete Pedreiras;

Iansã – Ventania, Vento, Jupira, Zebu Preto, dos Raios;

Obá – Pena Vermelha;

Oxum- Lua Nova, Lua, Jandaia, Cabocla Menina, Estrela Dourada, Sultão das Matas;

Logun-Edé – Laje Grande, Laje Forte, Bugari;

Iemanjá – Sete Ondas, Indaiá, Juremeira, Estrela, Sete Estrelas, Iara;

Oxalá – Pedra Branca, Pena Branca, Lua Branca, Águia Branca.

O CANDOMBLÉ DE CABOCLO

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O Candomblé, ao desembarcar no Brasil, com os escravos, encontrou os índios que praticavam a pajelança, praticado de várias formas. Os Jesuítas, incumbidos de doutrinar os índios e depois o negro, proibiram que estes cultuassem seus Deuses. Os escravos, por não terem alternativa, constituíram altares com imagens e gravuras dos Santos do Catolicismo. Associavam as imagens aos Orixás. Os rituais eram realizados nos terreiros das senzalas e até em pequenas igrejas católicas construídas para escravos durante á madrugada.
Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da pajelança, dando origem a um outro culto denominado de Candomblé de Caboclo. Os espíritos que se manifestavam eram os de índios e de negros.
Do Candomblé primitivo, restou um tronco original que continuou fiel a suas raízes.
Em 1908, por vontade dos espíritos superiores, crio-se um movimento espiritualista, destinado a fazer progredir os cultos nascido do Candomblé.
As pessoas erroneamente tratam o Candomblé de Caboclo de modo pejorativo como se o mesmo não tivesse sua força, sua graça, sua beleza, sentindo-se os próprios donos da verdade.
O Candomblé de Caboclo é todo ritual religioso que além do culto aos Orixás, cultua os espíritos de índios, que são os caboclos, a corrente africana que são os preto-velhos, os boiadeiros, espíritos do sertão nordestino e os exus, mas não é o mesmo exu orixá do Candomblé.
Essas entidades não são de Candomblé, simplesmente estão em casas de Candomblé e/ou Candomblé de Caboclo.
No Candomblé de Caboclo, há predominância de muitos elementos do Candomblé de Angola, que é a raiz de nossa casa. Os atabaques são tocados com as mãos, as músicas são cantadas em português, com uso freqüente de termos rituais de origem banta.
O apelo a uma cultura indígena, idealizada, proporciona ao Candomblé de Caboclo uma valorização aos elementos nacionais, fazendo dela uma religião Brasileira por excelência assim como a Umbanda.

Caboclos e cabocos.

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Caboclo é o mestiço de branco com índio; caboco, mameluco, cariboca, curiboca. Antiga designação do indígena brasileiro.
Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore Brasileiro, defende a forma caboco, sem o l, que teria sido introduzido na palavra sem encontrar base nas diversas hipóteses etimológicas, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco". Os caboclos formam o mais numeroso grupo populacional da região amazônica e dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
ambém pode ser sinônimo de:
• tapuiu, termo genérico de desprezo usado por determinados povos indígenas quando se referiam a indivíduos de outros grupos. Caboclo de cor acobreada e cabelos lisos; caburé.
• Caipira, roceiro, sertanejo. A figura de Jeca Tatu, criação de Monteiro Lobato, foi imortalizada na música popular, no palco e no cinema (por Amácio Mazzaropi).
No Brasil há o Dia do Caboclo, comemorado em 24 de junho.
Também é o nome dado às entidades lendárias indígenas, ou de manifestações de religiões como o caboclo que se incorpora nos ritos de Candomblé de Caboclo, no Catimbó, na Macumba, e no Batuque.

CONVITE: Festa do Caboclo Boiadeiro

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quinta-feira, agosto 26, 2010

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" Osumare egó bejirin fonná diwó -O Arco -Íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho!"

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Oxumarê é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de “ o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

Oxumarê esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.





Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.

Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.

Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:

- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).

Respondeu Olokun

- Eu lhe dou!

E Oxumarê apontou para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.

Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.

E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxumarê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.

“O Arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho.”


Dados

Dia: terça-feira;

Data: 24 de Agosto;

Metal: ouro e prata mesclado;

Cor: amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto;

Partes do corpo: espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo.

Comida: ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco;

Arquétipo: desconfiados e traídos, observadores, pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos. Com sucesso tornam-se facilmente orgulhosos e pomposos, gostam de demonstrar sua grandeza recente, mas estendem a mão em socorro quando alguém precisa.



Símbolos: duas serpentes de ferro

Bessém

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Quando Nanã abandonou o primeiro filho, Orumilá ( o destino ) disse que ela iria ter um outro filho, tão belo quanto o arco-íris, mas que viveria longe dela, correndo mundo. Oxumaré nasceu como uma linda menina que recebeu o nome de Bessém; mas, seis meses depois, ela se transformou numa serpente que saiu se arrastando e pelos seis meses seguintes vagou pelo mundo. E esse foi seu destino desde então; por isso, Oxumaré tem ressentimento da mãe,pois não pode nem namorar, pois os homens fogem apavorados quando a moça vira cobra.



Quando Xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e Xangô morava por cima das nuvens. Então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. Falaram com Oxumaré, que aceitou servir de mensageiro entre eles. Só que, durante a metade do ano em que é o arco- íris, Oxumaré levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra ficava seca. Por isso, Oxumaré resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. Nesse período, Xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.

terça-feira, agosto 17, 2010

domingo, agosto 15, 2010

FESTA DO PAI OBALUAIÊ

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Como que por magia um motivo para brilhar e, brilhou!
Tão incessante o seu balançar carregado de forças que qualquer ser humano em sua mente conflitante traria a tona o seguinte questionamento: De onde vem tanta LUZ? De onde veio tal ORIXÁ?
Em meio a uma humilde constatação sentimo-nos privilegiados com o PAI que temos, com o PAI que vimos naquele barracão. São filhos, amigos, irmãos enfim pessoas que se sentem acolhidas pelos braços da vida e iluminadas pela luz que nos encanta com sua magia.
Essa festa foi uma ponte de ligação com a renovação dos filhos a seu PAI, da união dos irmãos com os irmãos, da paz com o amor, da serenidade com a irmandade! Enfim, foi à constatação de um verdadeiro filho que se encontra diante de um verdadeiro PAI, falando assim da matéria.
Este Olubajé ficará na memória de muitos como inesquecível, como o dia em que tudo parou e união se solidificou com a luz e a força de meu PAI OBALUAIÊ!
A nós que somos netos e descendentes de uma origem iluminada agradecemos à nossa estimada e admirada avó, a YALORIXÁ DARUM SURUMIM JEJE SALAVUM, a ela nosso agradecimento por gerar um OBALUAIÊ, vindo de nosso PAI BESSÉM. A ela todo Axé!
Agradecemos a todos que participaram dessa festa e que direta ou indiretamente contribuíram para tanto axé ser confirmado. Desde já direcionamos mais um convite à todos pois em setembro teremos uma aldeia feliz com a festa do CABOCLO BOIADEIRO! ATÉ LÁ E MUITO AXÉ A TODOS!!!






Criado por: Rosana Santana
Data: 15/08/2010

sexta-feira, agosto 13, 2010

Festa no Ilê Axé Odara

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Glitter Words - http://www.glittertextgraphics.com
Nosso Ilê está em festa.

Estamos comemorando nesta semana a festa do nosso Pai Obaluaiê, com muita paz e alegria.
Os festejos começaram no dia 12/08, seguirá com a celebração do Olubajé no sábado 14/08, e terá continuidade na segunda-feira, dia 16/08/10, quando nosso pai encerra os festejos com o sagrado banho de pipoca ( flor do pai).
Nesta grande Alegria, Kualange, mais conhecido como Pai Gildo, filho de santo de Darum Surumim Jeje Salavum, emociona-se a lembrar de sua Yalorixá, saudando o Pai Oxumaré, de onde foi gerado seu Eledá!

Omulu - Obaluaiê

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Nana Buruke, queria um filho e pediu a Ifá, o Deus do destino, que revelasse o que ela desejava saber, e Ifá respondeu: que ela teria dois filhos com Oxalá, ela ficou muito feliz, passados alguns anos, Nana ficou grávida e teve o primeiro filho, pois o nome de Obaluaie, logo no primeiro olha o rejeitou, depois de alguns dias ela o abandonou na praia, numa cesta de palha da costa, deixou o garoto lá e saiu, passado no local YEMANJÁ, viu toda a cena, se aproximou da cesta e pegou a criança em seus braços, logo se encantou por aquela criança, cuidou dele como se fosse seu filho querido, sempre contou tudo o que lhe aconteceu.
Obaluaiê se transformou no lindo rapaz, que foi em busca das festas, mulheres, bebidas e se divertiu muito na sua mocidade, mas com isto trouxe muitas doenças venérias, e com varíola e outras doenças, Obaluaie um moço bonito começava a se transformar com o corpo todo machado e chagado das doenças ele envergonhado, pegou com um punhado de palha da costa, e fez uma roupa que lhe cobria da cabeça aos pés para que ninguém visse seu rosto nem seu corpo.
Obaluaie é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem, também o poder de as curar. As doenças contagiosas são, na realidade, punições aplicadas àqueles que se conduziram mal ou o ofenderam. Seu verdadeiro nome é perigoso demais para ser pronunciado, por isso aqui foi omitido. Por prudência, é preferível chamá-lo de Omulu (Filho do Senhor), ou Obaluaê (Rei, Senhor da Terra).

Orixá da cura, continuidade e da existência !!!

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Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.

Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele.

Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.

Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.

Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

terça-feira, agosto 10, 2010

Ilê Axé Odara convida a todos para o OLUBAJÉ

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O Ilê Axé Odara convida a todos os irmãos e amigos para a grande festa em homenagem à nosso Pai Obaluaiê: OLUBAJÉ.
A festa acontecerá na sede do Ilê onde serviremos também o tradicional banquete do "PAI" a todos os convidados.

Endereço: Rua São Sebastião, nº. 795. Bairro de Fátima.
Itabuna - Ba.
Fone/Fax: (73) 32122167

Data: 14 de agosto de 2010
Horas: 21:00

Obaluaê (Ashansu) - Carlinhos Brown

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Olubajé

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O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.

Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará"



Olubajé é um ritual para Obaluaiê e somente é feito em casas de Candomblé e por lei em casa onde tenha um Ebomí de Obaluae ou que o proprio Zelador ou Zeladora seja deste Orixá.
Olubajé É Uma Palavra Iorubana E Que Significa Olú : Aquele Que ; Ba : Aceita ; Je : Comer .




“ Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo
Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo”


Tradução:
Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.
Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.


Diz uma lenda que Xango, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa em seu palácio eocnvidou todos os orixás, menos Obaluae, pois suas caracteristicas de pobre e de doente assustavam o rei do trovão. No meio do grande cerimônial todos os outros orixás começaram a dar falta do Orixá Rei da Terra e começaram a indagar o por que de sua ausência, até que um deles descobriu de que ele não havia sido convidado, todos se revoltaram e abandoram a festa indo a casa de Obalaue pedir desculpas, Obalaue se recusava a perdoar àquela ofensa até que chegou a um acordo, daria uma vez por ano uma festa em todos os orixás seriam reverenciados e este ofereceria comida a todos com tanto que Xango comesse aos seus pés e ele nos pés de Xango, nascia assim a cerimônia do olubajé.

Lenda de Obaluaiê

Partilhar Iansã era uma mulher muito curiosa, de todos queria noticias e tudo queria saber.
Apenas um segredo havia que ela já fizera de tudo para descobrir e não conseguira. Era o fato de Obaluaiê andar coberto de palha, apenas se viam seus braços e pernas e nunca ninguém vira seu rosto.

Iansã perguntava a todos o porquê disso e sempre lhe diziam que como tinha o corpo e o rosto coberto de chagas, ele não gostaria de mostrar ao mundo a sina que o acompanhava.

Essas explicações vindas de todos os lados a deixavam mais curiosa ainda. Passou a perseguir Obaluaiê obsessivamente, aonde ele ia, disfarçadamente ia atrás.

Um dia quando estava quase desistindo, sentia-se cansada o rapaz andava muito, sentou-se aos pés de uma grande árvore e adormeceu. Acordou com o ruído do farfalhar de palhas que sempre acompanhava seu perseguido que estava molhando os pés num pequeno riacho muito perto dela e não a tinha percebido. Era a hora!

Finalmente descobriria o que há meses a torturava. Ergueu as mãos para o céu e chamou pelos ventos que sempre a auxiliavam. Eles vieram e numa lufada forte envolveram Obaluaiê, que despreparado, não pode impedir que a palha se levantasse deixando seu corpo exposto.

Qual a surpresa de Iansã ao ver que debaixo da vestimenta não havia uma só chaga, mas sim uma beleza radiosa, todo o corpo do rapaz brilhava numa cor de cobre que o sol acentuava.

O que ele escondia não era a vergonha de um corpo disforme e sim a beleza infinda que a todos faria inveja. Desse dia em diante Iansã não mais perseguiu Obaluaiê, mas sempre que o encontrava suspirava pela beleza que nunca mais esqueceu.

09 de Agosto, Aniversário de nossa Yalorixá!

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Mãe, sua bondade e ternura falam-me de Deus-amor!
Você me faz sentir a vida, a beleza das cores, a harmonia, o encanto e a doçura!

Hoje quero dizer-lhe um segredo muito especial: nós te amamos!
Eu sei também que, de seu coração, brota sempre um gesto novo de amor e carinho! Você é capaz de esquecer o sofrimento e a dor para nos ver feliz!

Hoje, quero fazer por você uma prece muito bonita e sincera:

Meu Deus, abençoa esta criatura tão encantadora.

Abençoa esta mulher, amiga, minha mãe, hoje e sempre!

Mãe, você é o maior bem que eu temos neste mundo!

Olhando o céu aberto, contemplo o grande tesouro de paz, sabedoria, paciência, bondade, ternura e acolhimento que permeia o seu ser.

Você me faz crer, minha mãe, que esta vida vale a pena ser vivida, quando entregue por amor!
Às vezes, quando a vida começa a ficar mais difícil, pensando em você, mãe, surge uma nova esperança e meu olhar começa a brilhar.
Você sempre espera de braços abertos os filhos e as filhas que precisam mais uma vez do seu aconchego, de sua compreensão e carinho, como se fosse a primeira vez.

Mãe! Presente de Deus para nossas vidas!
Mãe, receba hoje meu abraço e todo o meu carinho!
E, agora, gostaria que o meu agradecimento soasse mais forte do que todos os dias, porque hoje, mãe, é o seu dia!


FELIZ ANIVERSÁRIO




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A nossa família é o bem mais precioso que temos.
Principalmente os nossos pais, não importa se são nossos pais de verdade,
ou se são pais que adotaram você. O que importa é que eles te amem,
te passem tudo que aprenderam nessa vida.

Nossos pais merecem todo respeito e carinho do mundo.
Pois são eles quem nos dão tudo aquilo que temos e estão sempre se esforçando para nos dar aquilo que queremos.


Fonte: Mensagens e Poemas

terça-feira, agosto 03, 2010

Rita Ribeiro - Canto para Oxalá

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Oni saurê
Aul axé
Oni saurê
Oberioman
Onisa aurê
Aul axé Baba

Onisa aurê
Oberioman
Oni saurê
Aul axé
Oni saurê


Oberioman
Onisa aurê
aul axé baba
onisa aurê
oberioman
Onisa aurê

Baba saurê
aul axé
Baba saurê
oberioman
Baba saurê
aul axé baba
oberioman
saul axé



TRADUÇÃO:

Rei/Senhor do Céu
De Energia, Força e Suprema Verdade
Rei/Senhor
Que continua Vivo Espiritualmente
Rei/Senhor dos Céus
Pai do Plano dos Orixás (Céu/Aruanda)
Sua Verdade é Suprema

sexta-feira, julho 30, 2010

ORIXÁS

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Quando o século XVIII chegava ao fim as idéias liberais de “igualdade, liberdade e fraternidade”, que levariam à Revolução Francesa, conquistavam o mundo e encontravam eco também no Brasil, onde os senhores das terras e escravos, revoltados com os altos impostos cobrados por Portugal, começavam a ensaiar a independência.

Essa “liberdade” não se estendia aos negros, que há mais de 200 anos vinham construindo a riqueza do Brasil Colônia. Cansados dos maus tratos – que incluíam castração, amputação dos seios e emparedamento de gente viva – eles fugiam e formavam os quilombos, aldeias encravadas nas matas brasileiras, onde tentavam reconstituir a vida que levavam na África.

Foi nesse clima tenso de rebeliões, revoltas e idéias novas que as divindades africanas chegaram ao Brasil, encarnadas no corpo e na fé do povo iorubá. Esses negros, que viajaram para cá amontoados nos porões dos fétidos navios negreiros, foram tratados e vendidos como animais, a peso de ouro, nos locais onde desembarcaram – Rio, Recife e Salvador. E no entanto, não deixaram de expressar sua devoção aos orixás e cultuá-los nas fazendas para onde foram conduzidos.

Aos domingos e dias santificados, reuniam-se em festas que aos senhores pareciam danças inocentes e alegres batuques. Na verdade, ali estava nascendo o Candomblé brasileiro. Para não levantar suspeitas nem atrair a ira dos senhores católicos, os negros associaram cada orixá a um santo da Igreja Romana. Jesus e alguns santos católicos chegaram mesmo a ser incorporados à religião africana, numa prática que ficou conhecida como sincretismo religioso.

Mas as diferenças entre cristianismo e candomblé são profundas. No candomblé não há bem e mal, e sim qualidades e defeitos que devem ser respeitados por expressarem aspectos dos orixás. E em vez de um só Deus, autoridade suprema, a religião africana tem vários orixás. Os de maior poder assumem formas diferentes, aparecem ora como velho, ora como novo, às vezes como rei, etc.

Essas entidades vivem no órun, reino sobrenatural refletido no aiyé, nosso mundo material. Aqui elas se manifestam na natureza e nos seres humanos, que herdam suas características físicas e psicológicas.

Respeitar os atributos dos orixás e homenageá-los regularmente, segundo o candomblé, traz ao homem força e saúde para viver as infinitas encarnações que lhe estão reservadas na planeta Terra.

Todas as divindades negras, que chegaram aqui para aliviar o sofrimento dos escravos africanos, também são associadas aos quatro elementos: o Ar, a Terra, a Água e o Fogo, por isso, os orixás contém toda a magia que comandam as forças da natureza.